sábado, 3 de setembro de 2011

As Crianças da África: um aprendizado novo para um novo amanhã...

O texto nasceu, após contribuir com o convite de uma ciranda nas escritas literárias e poéticas da nossa colega/poeta Beti Martins, que nos traz na alma a responsabilidade de sermos mais um a cada novo dia, a cada um novo amanhã, nas condições humanas dignas de fazermos toda a diferença a todos os povos...

O mês das crianças se aproxima e com ele a dor de escutarmos e vermos, através dos noticiários as “nossas” crianças africanas, nossas porque somos todos perante o PAI irmãos cristãos, abandonadas, famintas, maltratadas e desprezadas pelo mundo.

A desigualdade espalhou-se na humanidade e trouxe aos olhos do mundo as crianças africanas. Daí, como um ser humano que trilha seu caminho nas palavras divinas da justiça e do respeito às condições físicas, morais, psicológicas e éticas, que formam o humano na íntegra, fico a me questionar: “cadê o amor que vence a idolatria africana???” Será que é DEUS eu permite isso: miséria, fome e aids??? Não...Não é DEUS, porque Ele é amor e bondade aos olhos da humanidade. Porém, com os mesmos olhos analiso que DEUS é bondade, amor, justiça e juízo. Mas, nos mostra que no caminho bíblico houve um dilúvio com a destruição de Sodoma e Gomorra, onde muitas crianças inocentes morreram... Talvez, por isso, que o mundo africano viva um pedaço desse JUÍZO FINAL!!!

O texto tem como prioridade sensibilizar a generosidade escondida atrás de cada alma, ao pedir aos homens que se lembrem dessas crianças africanas que sofrem com as diferenças: sociais, econômicas e culturais. Pois, o organismo das Nações Unidas salienta a forte crise no país do continente africano, e espalha ao mundo crianças com suas vidas em perigo, mas que na realidade dos fatos, nada sai do lugar para salvar essas vidas inocentes.
Oro para que, nessa ciranda de solidariedade o AMOR, a FÉ, o RESPEITO e a HUMANIDADE CRISTÃ possa tocar os corações e valorizar a maneira de agir, pensar, sentir de um povo, através das suas desigualdades e enriquecer os corações para um desafio maior do conhecimento humanitário e soberano.
Porque acredito, que todos os sinais do JUÍZO FINAL, também este não desperta mais do que poucas manifestações de lamento e de desagrado ao mundo. É outra das desgraças que se abala na Humanidade.
Jamais, esteve previsto nas determinações do CRIADOR, que o homem conhecesse privações e penúrias materiais durante sua passagem pela Terra. Mas, chego à conclusão que pode ser esse sofrimento das crianças africanas, um diagnóstico dos problemas do ‘homem’. Já que nos permitem visualizar com maior clareza os efeitos terrenos do atuar errado na criatura humana.
Numa consequência inevitável dessa desproporção da pobreza crescente e da fome permanente, segundo os noticiários, esta a razão da fome e da miséria atingirem integralmente, todas as crianças africanas, devido à sistemática agressão humana a natureza, a decorrência direta desse desligamento voluntário, que vem já de milênios.
A miséria e a fome, em vários graus, aumentam em toda a Terra. Da subnutrição crônica a morte por inanição, da queda do padrão de vida, a falta de moradia e vestuário, tudo fruto da atuação humana errada na sua criação. Por isso, a cura dessas mazelas só vira, quando o homem reaprender a viver de maneira certa. Mas, isso acontecera forçosamente, após a construção do JUIZO FINAL, da conscientização do homem por um mundo de respeito aos direitos alheios e as suas próprias formas egoístas de ver um mundo com, apenas um olhar: o olhar para dentro de si mesmo!!!
Assim, como já fora no principio a Terra voltara a ser um lugar paradisíaco. Não por obra do ser humano corrompido, mas por intervenção do CRIADOR!!!
Há histórias que nos atingem mais profundamente, e nos faz sentir a dura realidade das crianças africanas, aqui retratadas como se estivéssemos no lugar delas. Outras histórias são um pouco mais frias e distantes, mas também se prestam a denunciar irregularidades, erros, descaminhos e problemas que abreviam a infância e forçam muitas e muitas crianças a amadurecerem prematuramente as custas de grandes sofrimentos, deixando de cirandar na roda do lúdico a cantiga de um grande aprendizado a cada novo dia, a cada novo amanhã...
Que cantemos em louvor as crianças da África: A CIRANDA DO SOCORRO:

                  "Ciranda, cirandinha, vamos todos ajudar...
                  Vamos dar a meio olhada e vamos lá colaborar...
                  O anel que nos une esta no espelho da alma e o amor que nos liga, nunca vai se acabar...
                  Por isso, meu povo amigo... Vamos entrar nessa ciranda e dá adeus ao sofrimento das crianças africanas..."

Solange Gomes da Fonseca

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Perfil da Escola ou Realidade Perversa?

A crônica apresentada, infelizmente, mostra o abuso que foi criado e a transformação da escola nos dias atuais. Onde a escola como um espaço de harmonia e respeito foi invadida por uma Perversa Realidade da sociedade, não permitindo aos seus cidadãos um cotidiano calmo e sereno na busca de seus ideais. E, mais, a crônica foi construída com experiência própria do que presenciei em vários núcleos educacionais.

A educação escolar, nos dias atuais deveria ser um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares, a fim de terem acesso ao conhecimento cientifico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população de baixa renda, infelizmente, é excluída por viver num meio social desfavorecido.
É uma Realidade Perversa o que acontece nos dias atuais na escola. Curiosamente, sempre estamos à procura de um 'culpado' por todos esses problemas que é a verdadeira "identidade" das escolas brasileiras.
Alem disso, notamos no nosso cotidiano flagrantes e atitudes preconceituosas nos atos, gestos e falas acontecendo no ambiente escolar.
A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e social, também é o lugar mais discriminado. Tanto é verdade que existe escolas para ricos e para pobres; de boa e má qualidade, respectivamente. Por isso, trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino/aprendizagem.
A construção da identidade coletiva dos professores se faz presente na problematização assumida por seus autores e reconhecida publicamente. Partindo do modo com que os professores apresentam-se como ator e da auto-imagem que revelam.
A crônica descreve como abordarem as razões e os modos de viver em conjunto, bem como a dinâmica das interações que realizam, envolvendo conflitos, negociações, intercâmbios e decisões.
É assim, que se ouve falar em 'crise da escola', 'crise de identidade do professor', assim como ha quem diga estar "em busca" de sua identidade. Todavia, estudar as relações de "identidade da escola" é tarefa que se torna possível pelas muitas contribuições teóricas já existentes, tanto no que se refere à abordagem individual quanto à coletiva.
O que se requer é que, na mudança permaneça nela um espaço para a criação de um mundo sem colapsos, sem privilégios e sem medo. Sem esquecer a coragem para realizar suas necessárias transformações.
Solange Gomes

A Importância da Linguagem e da Interação na Sala de Aula

A comunicação entre as pessoas é fundamental para determinarmos o desenvolvimento de uma comunidade. Estamos em constante processo cotidiano de varias possibilidades comunicativas.
Foi, pensando nos seres humanos, como seres que constituem o dialogo, que resolvi postar um texto que fale da linguagem e da interação na sala de aula.
O texto apresenta a linguagem e a interação numa sala de aula, por muito de suas relações verbais, a fim, de compreender melhor a negociação interacional da sala de aula, pouco conhecidas pelos professores em geral.
O efeito de sabermos 'quem é quem' numa sala de aula processa-se pela interação do professor e dos alunos entre as paredes de uma sala de aula. Dessa forma, o texto escrito, foca na constituição do núcleo de grande interesse para o ensino e para a aprendizagem, especialmente no que se refere ao desempenho do professor.
A interação na sala de aula, através da linguagem, é fundamental para a compreensão de fatores que condicionam o fracasso escolar e a evasão
 escolar, que muito colaboram para que a educação em nosso país se encontre em degraus baixos dentro do parâmetro mundial.
Outro conceito de interação deve ser tomado em toda sua complexidade.
A concepção dialógica/discursiva da interação parte das condições materiais: histórico/sociais e psico/afetivas de sua configuração.
A noção de interação aqui não é reduzida a sua espécie de "cirurgia categorial" das ciências sociais e nem é predicada como necessariamente positiva. Apenas, a interação pode ser definida como ação de reciprocidade.
Na pratica, o que os alunos mais sentem é que precisam reformular suas falas, adequado-as a situações e locais.
Infelizmente, essas condições de defesa de falas não são permitidas a esses alunos.
A conseqüência dessa violência linguistica se expressa, geralmente, na criação de sentimentos de incompetência e de insegurança por parte desses alunos. Resultando, numa rejeição do aprendizado e em altas taxas de fracasso escolar.
O texto foca a intenção de oportunidades que o professor, através da linguagem, numa interação na sala de aula, proporciona para a formação de alunos mais competentes e responsáveis para a Educação Brasileira.
Partimos do pressuposto que a linguagem e a interação são necessariamente, uma interação que leva em consideração diversos fatores entre os quais estão a distancia e a aproximação social e cultural dos interlocutores e os tipos de relações que se operam entre as pessoas, podendo ser mais ou menos amistosa e/ou mais ou menos profissionais.
Portanto, o tratamento do sociointeracionista entre as pessoas, é uma condição inerente ao fenômeno de uma cultura para outra cultura, mesmo tendo regras em sentido universal.
Sendo assim, a sala de aula é um local de diversas interações em que a linguagem é um elemento fundamental, já que, através dela que a socioconstrução do conhecimento se realizara.
Ao observarmos, o panorama da Educação Brasileira, notaremos que o trabalho do docente costuma vir atrelado às linhas metodológicas dos processos de ensino e da aprendizagem, norteadas por diversas teorias educativas.
O professor preocupado em promover interações construtivas do ponto de vista da aprendizagem e o ponto de vista da interação, valoriza as intervenções do aluno e sempre as solicitam. Sem a possibilidade de participação efetiva, do aluno, não ha possibilidade de criação na sala de aula.
Se a "fala" é um recurso especial para que o aluno marque presença na aula, é preciso também que ele seja "ouvido". Propõe-se, então, ao professor a quebra dessa rigidez e que o mesmo deixe o aluno falar e, assim efetua-se as trocas de interações, através da linguagem para que aconteça uma comunicação interacionista.
Solange Gomes

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal

     Dialogar pode ser mais complicado do que parece. A comunicação não envolve, somente, a Linguagem Verbal articulada, como a escrita e a fala, mas, também compreende a Linguagem Não Verbal. Razão, de este texto ser escrito, para que juntos possamos entender esses dois tipos de linguagem: Verbal e Não-Verbal.
     Esta comprovada que existe uma relação entre a Linguagem Verbal e a Não-Verbal. 
     A idéia comum é que só o mundo 'verbal' é real, entretanto, as palavras são, tantas vezes, apenas um pretexto ou um começo para se iniciar uma conversa numa interação social.
     Quanto menor a dissociação entre a expressão, mais integrada e inteira será a pessoa. Desta forma, a Linguagem Não-Verbal é responsável por mais de 90% dos sinais que chegam ao nosso cérebro por meio dos sentidos da visão, do toque, da audição e da respiração.
     Para que se possa perceber a expressão dos pensamentos e sentimentos do outro é necessário o desenvolvimento da competência interpessoal, que é a habilidade de lidar, eficazmente, com as relações interpessoais estando com as outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada uma e as exigências da situação.
     O verbal e o não-verbal, as pausas e as hesitações que aparecem faz parte do repertorio comunicativo do grupo, mas não são exclusivos dele, porque são fenômenos estruturados e organizados do fluxo discursivo nos eventos comunicativos em geral, que são interligados e determinados por constituintes lingüísticos e por circunstancias sociais, bem como culturais.
     A medida que amadurecemos assimilamos melhor a Linguagem Não-Verbal.
     As crianças fazem gestos espontâneos que são os conhecidos "gestos infantis" e, são observados no desenvolvimento dos comportamentos não verbais, comunicativamente, significativos e, que são desenvolvidos junto com o verbal nas crianças pequenas.
     A aprendizagem da criança sobre a adequação do silencio, como outras estratégias comunicativas, não é necessariamente, o desenvolvimento de competências nas normas adultas para o comportamento sociolingüístico, mas podem envolver diferentes regras para adultos e crianças.
     Talvez, pelo fato de tanta competência não-verbal ser adquirida, durante a infância inicial é basicamente aprendido, através de meios formais e informais. Isto, porque é raramente ensinado e quase nunca, completamente, dominado numa segunda linguagem.

Solange Gomes

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Condição Humana X O Medo de Ensinar


Não há racional ou emocional, não há libertário ou autoritarismo...

O que há são indivíduos que descobrem dentro de si mesmo seu equilíbrio entre cada passo de suas sentenças ao contrario do que acontece no seu cotidiano na sala de aula.

A condição humana do profissional da educação e o medo de ensinar, se ligam a sua missão, pelo exercício da profissão.

E, nessa profissão surge às práticas pedagógicas que faz do professor um individuo comprometido e reflexivo ao seu magistério.

Mas, ao olharmos com atenção, o que observamos é um professor que precisa admitir seus próprios erros, perante os seus alunos, tornando-o um individuo bem mais nobre, alem de reverter o jogo a seu favor.

Sim, porque o medo de ensinar é um jogo dentro de uma sala de aula, onde os alunos têm conhecimento que o professor é a entidade que detem o conhecimento e a experiência. E, por isso, não pode errar???

Então, vejamos o seguinte: admitir um erro numa sala de aula para um professor, passa a ser uma demonstração de humildade em sua condição humana, atenuando o constrangimento e reforçando sua pessoa humana, que esta sujeita as falhas no medo de ensinar.

Sensível, SIM, mas profissional!!!

Esse nosso personagem (o professor) contracena com os seus alunos, com o fluxo de questões que apresentam e com os projetos que possuem e cruzam, pois somos seres incompletos, mas sem o temor de revelarem as nossas duvidas e as nossas limitações.

Solange Gomes da Fonseca

quinta-feira, 21 de julho de 2011

EMOÇÃO

A emoção é o reconhecimento de nosso sistema cognitivo, ou seja, temos pleno conhecimento dele e podemos refletir sobre ele.
Uma emoção ou um sentimento nunca é inconsciente.
Uma emoção é a resposta externa do nosso corpo visual e publico, gerando uma resposta dramatizada no nosso consciente humano.
Ao falarmos na emoção estamos, diretamente, falando de nossos medos, nossas tristezas, nossas raivas, nossas decepções; sendo as nossas emoções a forma mais precisa e direta de nos conhecer a si mesmo.
A emoção é uma palavra simples de se pronunciar, mas na verdade um sentimento complexo de ser sentido.
As emoções funcionam como um turbilhão e, nem sempre temos tempo ou habilidade para compreender o que sentimos dentro de nós. Só sei que conhecermos as nossas próprias emoções nos impede de vivermos muitos conflitos.
Será a emoção entendida como um estado de animo, uma reação intensa e breve ao nosso organismo frente às situações???
Não sei... Talvez, seja um estado afetivo de uma reação agradável ou penosa, quando a emoção que sentimos é prolongada...
Ou, talvez, seja um estado mais profundo da nossa capacidade de reflexão, um estado afetivo mais tranqüilo e duradouro das emoções existentes dentro de nós.
Assim, somos todos nós, a vida e o tempo...
Todos entreguem à força das emoções em cada dia, a cada momento, a cada (re) nascer...
Vamos recriando a vida, a vida inteira recriando...
Hoje, eu sou a RAZÂO e amanhã serei minha própria EMOÇÃO!!!

Solange Gomes

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA VIDA HUMANA

A importância da leitura se faz presente no nosso universo, desde o momento em que começamos a conhecer ou a compreender o mundo que nos cerca.
Para que o homem abra 'portas' para sua percepção é preciso saber refletir. Desse modo, a leitura chega no nosso espaço para acrescentar um poderoso e essencial instrumento libertário para sobrevivência humana e, assim, ampliar nossa visão e nosso horizonte nas expectativas de vida.
O habito de ler deve ser estruturado, desde a infância, a fim de que, o individuo aprenda cedo que ler é algo importante e prazeroso, e tornara um adulto culto, dinâmico e perspicaz.
A importância da leitura esta na formação de cidadãos mais informativos e críticos dentro de uma sociedade.
No mundo contemporâneo, a leitura cria fronteira para ampliar e diversificar nossa visão e interpretação sobre o mundo que vivemos e da vida como um todo.
A importância na construção do texto está, diretamente, ligada ao desenvolvimento para uma cultura de leitura fazendo com que seus leitores use-a como um imã que atrai e prende o leitor numa relação de prazer e de amor.
Na vida dos indivíduos, a leitura deve ser apresentada de forma interessante e, visando sempre o desenvolvimento do pensamento reflexivo e critico da realidade que é vivida.
É, obvio que não encontramos a 'formula' exata para desenvolver e criar o interesse pela leitura, mas o que podemos e devemos fazer como incentivadores educacionais é apresentar a leitura como uma construção de novos conhecimentos, que possibilita a aquisição da linguagem que possa ser usada de modo prazeroso, espontaneo e com interações positivas no convívio social.

Solange Gomes

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Construção do Leitor

A leitura tornou-se um fator principal em muitas vidas, pois contribui para o aperfeiçoamento da linguagem oral, bem como para a qualidade dos textos escritos, sendo uma das formas de se comunicar. Ela é tambem um instrumento de trabalho de grande valia na vida de todos. Para muitas pessoas, a leitura opera grande influencias, uma delas é manter o individuo informado dos acontecimentos e mudanças diarias.
A leitura é um processo no qual se compreende a linguagem escrita. Nesta compreensão estão envolvidos o texto, sua forma e conteudo, como o leitor, suas expectativas e conhecimentos previos. Quando lemos um texto recorremos a tudo o que ja sabemos, isto é, cada componente do texto se relaciona, dialoga com o que ja esta na nossa cabeça.
A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto. É o leitor que faz o texto ganhar sentido, pois as informaçoes contidas no texto se articulam com as informaçoes de que o leitor ja dispoe. Por isso, o olhar de cada leitor é diferente em função do seu repertorio, do que ele ja sabe sobre o assunto.
Nós lemos para nos informar, para nos distrair, para preparar uma receita, para ficar a par de um acontecimento, para entender as regras de um jogo, para aprender...Enfim, para tornar nossa vida interior mais rica. Sempre lemos para alcançar uma finalidade.
Construir um leitor competente supoe construir alguem que compreenda o que lê, que possa aprender a ler tambem o que não esta escrito, identificando elementos implicitos, que estabeleça relações entre o texto que lê e outros ja lidos, que saiba que varios sentidos são atribuídos a um texto, que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos.
A leitura nos traz hoje uma grande possibilidade de alcançar novos horizontes atraves do desenvolvimento de aptidoes para Construção do Leitor, enquanto ser critico socialmente construído. Dessa forma, ler vai alem da decodificação dos signos escritos e se transforma em produto da interação entre o sujeito leitor e o texto.
O ato de ler é iniciado na escola, a qual tem a função de desenvolver o estimulo a leitura, a busca pelo saber oferecendo meios que venham a seduzir o aluno para um despertar do desejo de conhecer, que por sua vez, lhe proporcionara novos metodos no desenvolvimento intelectual e racional no cenario em que esta inserida.  Esse enriquecimento cultural é adquirido desde o inicio da vida do individuo, ou seja, à formação educacional é desenvolvida na escola, com o auxilio do professor e a qualificação da informação transmitida pela sociedade.
Na sociedade em que vivemos a qualidade da leitura é fundamental para a propagação cultural dos sujeitos em crescimento, e possuem atraves desse fator, sabedoria, criticidade, ousadia, domínio, consciencia e determinação para a construção de novos caminhos. Cabendo a sociedade em modo geral lutar para reverter este quadro reivindicando melhorias no ensino, chamando a atenção dos orgãos publicos e politicos para atender as necessidades como cidadãos atraves de politicas publicas, que atendam as demandas existentes em nosso cotidiano voltadas na melhoria do processo ensino/ aprendizagem do ser humano, diante de seus argumentos inseridos no contexto sociopoliticoeducacional na sociedade.

Ao se questionar as estrategias acionais daqueles envolvidos com a literatura (no espaço escolar ou fora dele), talvez seja possível contribuir para o desenvolvimento de uma visão do ensino de literatura. Uma visão que perceba a Construção do Leitor como uma atividade complexa e multifacetada e, que seja subsidio para uma pratica pedagogica que crie a possibilidade de contestação da natureza das ações no sistema literario. Portanto, a minha preocupação pode ser traduzida na vontade de se construir projetos de ação pedagogica numa perspectiva que visa propiciar uma reflexão constante sobre estes processos e ações.
A intenção seria apreciar a manifestação literaria como um fazer social especifico valorizando-a como manifestação da criatividade humana e, por fim manter vivo do prazer e da diversão envolvida no agir literario, durante o processo de Construção do Leitor.
As vantagens que a leitura revela em nossas vidas remetem às transformações que nos guiam em diferentes espaços é uma atividade que desenvolve a capacidade mental propagando o interesse pelos textos e dinamizando o habito da leitura.
O objetivo do texto construido é conscientizar e mostrar as dificuldades que as pessoas tem em fazer uma leitura e como as instituiçoes escolares deixam a desejar na educação, pois se essa não estiver unida à biblioteca faz com que a mesma pereça na disseminação de informação, e sem o uso desta os educadores encontram certa dificuldade em construir leitores criticos. A precariedade das bibliotecas escolares em relação ao ensino no Brasil apresenta problemas estruturais e politicos e, faz desse assunto uma problematica nacional.
Para que possamos construir leitores devemos conscientizá-los que o texto é a manifestação lingüistica produzida num dado momento historico, marcado pelas ideias da sociedade da epoca, para atingir um determinado objetivo. Ele é o produto da atividade oral ou escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja sua extensão.
O que caracteriza um bom texto é a textualidade, ou seja, a unidade de sentido que um conjunto de palavras encerra. Portanto, um bom texto deve ter unidade tematica e estrutural. Assim, um conjunto de frases isoladas não pode ser considerado um texto, pois não forma um todo significativo.
Os textos que são lidos constituem toda forma social de construção cultural: um texto teatral, um texto didatico, um texto de telenovela, um texto publicitario, que sejam possiveis de compreensão e atribuiçoes de sentidos. Pra atribuirmos sentidos ao texto faz-se necessário, fundamentalmente, utilizar-se a historia de vida.
O jornal, a publicidade, o poema, o texto literario constituem-se em mosaicos. Uns são textos informativos necessarios as construçoes dos conhecimentos culturais, portanto de fruição; os outros são de lazer, de prazer, de descoberta, aqueles que mantem o leitor em estado de perenidade.
Para finalizar o artigo deixo um desejo, como educadora e acreditando num mundo melhor para todos os cidadãos: “quem dera o processo de alfabetização garantisse leitores e, assim, esses leitores atribuissem sentido, atraves de sua historia de leituras na comunidade e na escolaridade que vive”.

            REFERÊNCIAS
. BERNARDINO, Maria Cleide Rodrigues. A imagem do aluno leitor pelo professor: entre discurso e a pratica pedagógica. In: JUSTINO, Luciano Barbosa. Joachim, Sebastien. Representações inter/intraculturais (literatura/arte e outros domínios). Recife: Livro Rápido, 2008.
.A Linguagem e o Homem. Curitiba. SECE/Biblioteca Publica do Paraná, 1985.
. Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. Brasília, 1998.

. RIBEIRO, Maria Solange Pereira. Desenvolvimento de coleção na biblioteca escolar: uma contribuição à formação critica sociocultural do educando. Transinformação. São Paulo, V.G, n. 1/2/3, pgs. 60-73, Jan. /Dez. 1994.
. SOARES, Magda. Uma proposta para o Letramento. Ed. Moderna, 1997.
. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem: São Paulo: Martins Fontes, 1979.

   
Sobre a autora:
Solange Gomes da Fonseca.
Especialista na Linguagem;
Graduada em Português/ Literatura;
Professora/Pesquisadora.

Educação de Jovens e Adultos (EJA): um olhar apetitoso nas práticas pedagógicas empregadas na sala de aula

     Quando um jovem ou um adulto procura uma escola que ofereça a Educação de Jovens e Adultos (EJA) esta em busca de um alimento para fortalecer sua própria auto-estima e suas possibilidades de interagir, num mundo, que transforme sua vida, desejos de conhecimentos, necessidades de mudanças e crescimento.
     As expectativas que levam esses seres humanos a saírem de seus lares são muitas e, a escola, por sua vez, deve estar preparada e comprometida em oferecer um “cardápio” apetitoso nas práticas pedagógicas, com o tempero apropriado dos seus interesses e condição real de vida para esses alunos.
     Freire (1996), já dizia que a escola deve proporcionar uma transformação capaz de modificar seres humanos. Pois, dessa forma, eles conseguirão transforma seus próprios interesses e ajustarem-se na sociedade em que vivem.
     É preciso saber preparar o ‘olhar’ no apetitoso prato do ensinar e ter o conhecimento de quem estamos ensinando. Conhecer o aluno, sua realidade, muitas vezes, sofrida é saber decorar o ‘prato’ da educação recheado de novos rumos e práticas pedagógicas objetivas, trazendo assim, novos projetos, novas políticas ao conteúdo escolar para a realidade desses alunos e vice-versa.
Negligenciar as experiências de vida desses alunos é o mesmo que salgar o paladar das suas possibilidades humanas.
     O preparo desse olhar apetitoso esta na adaptação e nos projetos pedagógicos do professor e da escola, incluindo as expectativas e a realidade vivida dos alunos, numa diferenciada metodologia de trabalho educacional.
Muitas vezes, percebemos alguns profissionais presos à falta de tempo e de impossibilidade de se atualizarem, pois para sobreviverem necessitam trabalhar varias horas semanais, sobrando pouco ou nenhum tempo para o preparo de um ‘prato’ enriquecido do nutriente principal, que é a qualidade oferecida no ensino.
     As mais lindas palavras de amor de incentivo ao ensino/aprendizagem para os alunos de EJA esta no silêncio do olhar do professor capacitado e comprometido, adequando todos aos propósitos da janela da alma humana desses alunos. Pois, uma vez, o olhar apetitoso de quem não vê é um paradoxo, mas que talvez, por esta razão a consciência do profissional veja com profundidade a visão, de acordo com os alunos e, não seja deturpada com a poluição visual das suas próprias carências.
     Vê-se, portanto, de modo profundo quando somos capazes de olhar apetitosamente, a outrem e as coisas sem as amarras dos condicionamentos sociais, políticos, econômicos e culturais, que tanto afastam esses alunos de seus reais objetivos e de suas reais identidades.
     Por consequinte, trabalhar as práticas pedagógicas com um olhar apetitoso na sala de aula de EJA é vê, não apenas com os olhos, mas com o tato, a audição, o sentir, a emoção.
     A leitura de i, do outro e do mundo é feita com maior profundidade quando intermediada pelos sentidos. Na visão pedagógica, quando falta ao professor à capacidade ocular, ele aprende a ver alem dos estereótipos sociais e humanos desses alunos, pois vê com a emoção, a alma.
     Nessa perspectiva, o que falta ao olhar sobra à imaginação e, é na imaginação, portanto, que o professor vai construindo a realidade, por meio dos recursos didáticos oferecidos como referenciais dos sentidos. Todavia, o olhar atento e perspicaz liberta o individuo e o faz aprender com as historias que se configuram perdidas na relação do outro (aluno).
     O olhar apetitoso nas práticas pedagógicas que são empregadas na sala de aula de EJA é o modo de contemplar a realidade desses alunos, através da visão da alma, do interior. Transpondo assim, a realidade educacional desses alunos a uma supervisão pedagógica de desafios a olhar o professor e a comunidade escolar com “olhos hermenêuticos”, a fim de interpretar e compreender as diferenças e as relações entre o professor e os alunos, a supervisão e docência, gestão educacional e a família. Somente assim, será possível um olhar apetitoso no diálogo dialético/dialógico, como um ‘prato’ apetitoso e variado no ensino/aprendizagem de EJA.
     Por essa mesma razão é necessário, que o professor ao empregar certo método de ensino esteja consciente que não se trata de um simples método, mas todo um conceito teórico que sustenta essa metodologia vinculada, a uma visão de homem e de mundo, que responde ao interesse da modalidade de ensino de EJA. Fazendo assim, o professor terá um olhar mais adequado e abrangente de seu ensino e de suas escolhas didáticas.
     Sabemos que, os métodos de ensino empregados numa sala de aula de EJA são, apenas um meio para atingir um fim maior: a aprendizagem desses alunos. Sendo necessário que, o professor use o modo critico e reflexivo, conhecendo os fundamentos teóricos que sustentam tal procedimento. Todavia, nenhum método será eficiente em si mesmo se o professor não estiver aberto ao diálogo/dialético com os alunos. Portanto, é necessário que o professor lance mão na relação com os seus alunos e os constituem sujeitos ativos do processo de ensino/aprendizagem. Desse modo, avaliamos a formação desses alunos já que o objetivo do aprendizado é seguir todas as propostas presentes nos projetos políticos pedagógicos de EJA, atuando na formação de cada aluno e oferecendo aos mesmos, o respeito, por parte de alguns professores para com a EJA.
     Para esses alunos jovens a adultos, alguns professores não estão compromissados com o trabalho a ser aplicado na sala de aula, uma vez que, apresentam um conteúdo não muito rigoroso por cota do descrédito que estes tem com os alunos dessa modalidade de ensino. Logo, percebe-se que, ensinar na EJA é um grande desafio, onde o olhar apetitoso ao conteúdo das práticas pedagógicas tem que estar ligado ao conhecimento, que cada aluno traz para aula, independente da idade e do sexo.
     A proposta deste artigo é mostrar aos professores que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos, que é possível, sim, ensinar esses alunos utilizando para isso os projetos didáticos, ou seja, os conteúdos das extensas listagens de conteúdos que constituem os programas escolares nesse nível de escolarização. Contudo, esperamos que os professores atuantes possam também tirar proveito das idéias e sugestões apresentadas em aula.
     A proposta do artigo é também mostrar uma prática diferenciada para trabalhar com um público também diferenciado, que são alunos que almejam adquirir um conhecimento mais prático e próximo as suas realidades de vida, sem perder o olhar apetitoso nas práticas pedagógicas do ensino/aprendizagem em aula.
     Nesta perspectiva, os conteúdos deixam de ser um fim em si mesmo, e ganham significados diversos das experiências sociais dos alunos e passam práticas pedagógicas do ensino/aprendizagem em aula.
     Nesta perspectiva, os conteúdos deixam de ser um fim em si mesmo, e ganham significados diversos das experiências sociais dos alunos e passam a meios para a ampliação de seu universo cognitivo, mediando o seu contato com a realidade de forma crítica e dinâmica.
      A idéia é trabalhar, de maneira mais flexível e abrangente, deixando de lado a rigidez das sequências das listagens de conteúdos, onde o aluno consegue mais facilmente relacionar os conceitos científicos com aplicações do mundo em que vive, evitando que a prática de sala de aula se reduza a um somatório de exercícios isolados e repetitivos.
      Os alunos jovens e adultos necessitam de práticas educativas distintas daquelas que um dia tiveram na escola, E, assim, acreditamos que o uso desses projetos utilizados constitua uma estratégia diferenciada de ensino para este público de alunos.
     A participação dos alunos neste tipo de estratégia de ensino é fundamental; a motivação, os conhecimentos prévios, seus interesses, tudo deve ser considerado e aproveitado em todas as etapas da aprendizagem.
      A EJA tem como principal referencia a pedagogia dialógica e problematizadadora de Paulo Freire (2003), Esta pedagogia propõe eu haja uma participação ativa e dinâmica do aluno trabalhador na sala de aula.
     O professor inicia suas atividades em aula com uma explanação do tema e abre o debate aos alunos, onde sua função é a de problematizar as questões propostas para uma aprendizagem, através da interação dos conhecimentos científicos e populares desses alunos, onde a relação do saber do aluno com o saber cientifico deve ser viabilizado pelo professor.
     É desta forma que, a EJA pode ser entendida; os alunos jovens e adultos já possuem uma bagagem de conhecimentos e, quando voltam à escola desejam obter novas informações e conceitos que se relacionam com aqueles já existentes em sua estrutura cognitiva, ocorrendo assim, uma modificação nos subsunções existentes em sua estrutura cognitiva, tornando a nova aprendizagem, então, significativa. Por isso, na EJA é imprescindível levar em conta a experiência de vida dos alunos.
     Outro referencial importante para EJA é a teoria de Vygotsk (1998). Para ele, os processos mentais superiores (pensamento, linguagem, comportamento volitivo) tem origem em processos s sociais: o desenvolvimento cognitivo do ser humano não pode ser entendido sem referencia ao meio social.
     O aluno de EJA deve conseguir captar significados e certificar-se de que os significados que capta são aqueles compartilhados socialmente para os signos em questão.
      Para Vygotsky (1998), é com a interiorização de instrumentos e sistemas de signos produzidos social, históricos e culturalmente, que se dá o desenvolvimento cognitivo e o olhar apetitoso nas práticas pedagógicas em aula.
     Contudo, a visão exteriorizada é reducionista, cega e incapaz de ir além do invólucro material que tanto aproxima como afasta o individuo do outro. Com esse olhar, o professor apenas toca o aluno, enquanto sujeito tátil, mas jamais lhe atinge a alma, o ser integral, a emoção, a vontade e o intelecto, se não estiver aberto e comprometido com as práticas pedagógicas que são ensinadas em aula.
     Na conclusão do artigo apresentado, a autora afirmar que o direito de aprender ao longo da vida na EJA é um compromisso do Estado, da escola, dos professores, dos alunos, num ambiente democrático de trocas de experiências, estudos e fontes de elaborações de propostas apresentadas em sala de aula, garantindo sempre um olhar apetitoso desses alunos de EJA com as práticas pedagógicas empregadas e, com os motivos que levam os alunos buscarem essa educação, uns porque querem concluir o segundo grau, outros em busca de um emprego melhor, enfim, cada um tem sua história. Portanto, o artigo nos permite um olhar apetitoso e mais próximo da realidade de EJA. Uma educação que precisa ser melhorada, revista, respeitada e repaginada.

Solange Gomes da Fonseca
                        

                                  Referências
. FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia, São Paulo: Paz e Terra, 1996.
. HERNÁNDEZ, F. A. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5ed. Porto alegre. V. 8 n. 30, p. 12—15, maio/jul. 2004
. LEITE, L.H.A. Pedagogia de projetos: intervenção no presente, Presença Pedagógica. Belo Horizonte. V.2, n.8, p.11—20, mar/abr. 1996
. MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora UNB, 1999.
. OLIVEIRA, M. K. Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimentos e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação. Belo Horizonte, n. 12, p.59—73, set/dez. 1999.
. VYGOTSKY, L. A formação da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Sala de Aula

A sala de aula é um espaço muito importante para o ensino/aprendizagem em todas as series escolares. Onde a sua importância se concilia a interação dos alunos, onde as normas de conivências se faz necessária para que possamos desenvolver estratégias de ensino diferenciado e, assim termos uma sala de aula viva e produtiva, não necessariamente silenciosa, mas sempre disciplinada.
Ao falarmos numa sala de aula, imediatamente, a imagem que nos vem à cabeça são de quatro paredes, uma grande lousa, carteiras verdes ou pretas, professores e seus alunos.
A sala de aula é um espaço de trocas de informações, que busca pistas de construção ao saber e, que é valioso os papeis das pessoas nessa troca de interação para uma instancia social, uma vez que vamos estabelecer contato com uma imensa diversidade de seres e formas de pensamentos diferentes que precisam ser ouvidas e respeitadas. Onde o que verificamos é a formação das partes de um todo que denominamos "VIDA".
Infelizmente, nos dias atuais, vivenciamos uma sala de aula onde a indisciplina, a violência, o descaso tomou conta do espaço. E, o resultado é um mundo conturbado pela marginalidade e pela falta das políticas pedagógicas mais ativa nas escolas.
O que esperamos, para os dias atuais, de uma sala de aula é uma maior produtividade com participação mais competitiva e ativa e, dessa forma encaminhamos para as "leis" educacionais a responsabilidade de acabarem com os vestígios de uma pedagogia às avessas, pervertida.
Hoje, temos uma educação escolarizada fincada na escola e nucleada no espaço da sala de aula. Não é mais interessante não me recordo se algum tempo foi- termos uma relação pedagógica fincada no "poder".
Dissociar a sala de aula de seu empobrecimento e deterioração brutal é a saída para gerar uma escola de novo tipo, permitindo a sala de aula uma revolução social democrática nas relações entre os professores e os alunos e, no influxo que a relação provocara na transformação da sociedade.
Aí, surge a saudosa lembrança do grande defensor dos oprimidos: Paulo Freire, onde tinha razão ao dizer que ninguém educa ninguém, assim como ninguém se educa sozinho.
As pessoas só aprendem se existir uma pessoa que queira ensinar, da mesma forma que alguém só ensina se houver um individuo predisposto a aprender.
E, nessa reciprocidade do ensinar/aprender, todos nos concluímos que o "educar" é um ato coletivo entre o educador e o educando, pois ambos devem associar, acima de tudo, seus esforços com um só objetivo: o conhecimento e o saber humano.

Solange Gomes da Fonseca

Um Importante Tabuleiro de Xadrez: o psicológico e o cognitivo no mundo dos alunos de Educação de Jovens e Adultos (EJA)

O jogo de xadrez tem o poder de concentração, nível de instrução, memória visual, para não mencionar também o talento estratégico, a paciência, a coragem, e muitas outras faculdades. Se fosse possível ver o que se passa na cabeça de um enxadrista, iríamos descobrir um irrequieto mundo de sensações, imagens, movimentos, paixões e um panorama sempre mutante de estados de consciência. As nossas mais precisas descrições, comparadas às deles, não passam de esquemas grosseiramente simplificados. Daí o objetivo principal do texto é levar para sala de aula de EJA os conceitos básicos de um importante tabuleiro de xadrez para se trabalhar o psicológico e o cognitivo desses alunos, num clima de recreação e desinibição ao mundo do ensino /aprendizagem.

Atualmente há uma extensa literatura acerca da psicologia do xadrez. De fato, ele tem sido chamado de “drosophila” dos estudos da psicologia cognitiva e da inteligência artificial, porque representa o domínio em que o desempenho dos “experts” tem sido mais intensamente estudado e medido.

Embora, saibamos que a capacidade de memorizar não é, por si só, responsável por essa habilidade, uma vez que mestres e noviços, quando confrontados com aleatórios arranjos de peças de xadrez, num tabuleiro de importante atuação dos alunos de EJA ao mundo psicológico e cognitivo do seu “eu” interiorizado, traziam recordações equivalentes do mesmo. Mas, ao contrário foi à capacidade de reconhecer padrões, que são então memorizados os que distinguiram os jogadores qualificados dos noviços.

Ao serem retiradas as posições das peças de um jogo real, os mestres tiveram quase que total memória de suas posições originais. Metaforicamente, transferimos o exemplo pra ressaltar com coerência e precisão a utilização dessa técnica recreativa para incentivar e desenvolver o psicológico e o cognitivo desses alunos, quando esses já se familiarizaram com o conhecimento e com o saber adquirido no tabuleiro de xadrez com todas as peças pedagógicas que foram captadas por sua própria memória.

O xadrez é um jogo de tabuleiro de natureza recreativa e competitiva para os jogadores ou mais, sendo também conhecido, como um exercício de precisão para memória. Assim sendo, podemos aplicá-lo, como ferramenta recreativa, numa sala de aula de EJA, a fim de forçá-los a exercitar suas capacidades e habilidades ao ensino/aprendizagem.

Numa reflexão pedagógica ao ensino/aprendizagem numa turma de EJA trazer o jogo de xadrez para sala de aula, na perspectiva da resolução de problemas para o ensino facilita e possibilita inúmeras atuações pedagógicas. Pois, o aluno terá êxito se for ousado, astuto e planejar cada jogada, avaliando as consequências e suas implicações, sem deixar de lado a preocupação em defender seu domínio dos ataques do adversário, mantendo e conquistando novas posições psicológicas e cognitivas desse aluno. Por outro lado, como atividade de investigação permite que os jovens e adultos desenvolvam a capacidade de questionar, usando diferentes recursos para formular hipóteses, planejando sua ação e tirando conclusões. Assim a relação entre o jogo de xadrez e a resolução dos problemas psicológicos e cognitivos que são recheados ao mundo desses alunos de EJA é o foco primordial desse texto.

Sabemos que o simples fato de saber jogar e de jogar regularmente, não faz com que o aluno melhore sua capacidade de aprender e desbloqueia de vez com os empecilhos que o impedem de uma boa atuação ao aprendizado proposto, mas a intencionalidade do professor no uso desse jogo, em situações próprias e como recursos didáticos favorece o aprendizado há outros conteúdos e procedimentos pedagógicos, a fim de favorecer e desinibir o aluno jovem e adulto ao mundo do conhecimento cognitivo e psicológico que o rodeia e que dificulta o seu aprendizado.

Levar o jogo de xadrez para sala de aula de EJA não é meramente um divertimento ocioso e, sim diversas e valiosas qualidades da mente serão úteis no decurso da vida humana e escolar que são adquiridas e fortalecidas por meio dele, de modo a tornarem hábitos preparados para todas as ocasiões.

A vida é uma espécie de xadrez, na qual temos pontos a ganhar e competidores ou adversários a enfrentar, na qual existe uma ampla variedade de acontecimentos bons e maus que são, em certo grau, os efeitos da prudência da falta dela.

É nesse conjunto de processos mentais usados no pensamento e na percepção de vida, que também reconhecemos a compreensão para o julgamento através do raciocínio do jogo de xadrez para o aprendizado de determinados aspectos psicológicos e cognitivos.

De uma maneira mais simples, podemos dizer que a cognição é a forma como o ‘cérebro’percebe, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos. Mas, a cognição é mais do que simplesmente, a aquisição de conhecimentos e conseqüentemente, a nossa melhor adaptação ao meio e, é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já esta registrada na nossa memória.

O processo de aprendizagem é pessoal, sendo resultado de construção e experiências passadas que influenciam as aprendizagens futuras. Dessa forma, a aprendizagem numa perspectiva cognitiva/psicológica é como uma construção pessoal resultante de um processo experimental, interior a pessoa e que se manifesta por uma modificação de comportamento.

Ao aprender o aluno de EJA acrescenta aos conhecimentos que possui novos conhecimentos, fazendo ligações àqueles já existentes. E, durante o seu trajeto educativo tem a possibilidade de adquirir uma estrutura cognitiva e psicológica clara, estável e organizada de forma adequada, tendo a vantagem de poder consolidar conhecimentos novos, complementares e relacionados de alguma outra forma.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de Educação Básica que se propõe atender a um público ao qual foi negado o direito à educação, durante a infância e/ou adolescência, seja pela oferta irregular de vagas, pelas inadequações do sistema de ensino ou pelas condições socioeconômicas desfavoráveis a relação educativa.

A EJA depara-se constantemente, com a realidade da opressão, na qual os alunos carregam em si o peso de uma condição social oprimida.

O processo de ensino/aprendizagem, tradicionalmente, leva em consideração a idade dos alunos, seu nível intelectual e emocional, seus interesses e seus antecedentes sociais. É importante considerar a maneira como se conduz estes fatores que, muitas vezes, voltam-se mais para uma tentativa de emparelhamento psicológico e cognitivo ao mundo social desses alunos. Todavia, o sistema educacional não dispõe de um programa de ensino que tenha sido esquematicamente, planejado pra o aluno proveniente de classe social baixa. A partir disso, cabe ao professor inovar e motivar suas aulas com recursos didáticos que vão descontrair e enriquecer o conteúdo programado.

Através disso, os recursos didáticos empregados na sala de aula são do conhecimento dos alunos de EJA, pois são pessoas que tem uma experiência de vida: vivem no mundo do trabalho, sofrem com o desemprego, com a violência e são eleitores responsáveis pela política atual. Por isso, esses recursos didáticos têm um significado na vida dessas pessoas, mesmo sendo uma aproximação com a “curiosidade ingênua, ou seja, não deixa de ser curiosidade, com o saber epistemológico, conotando seus achados com mais exatidão, através do jogo de xadrez”.

Como esclarece Paulo Freire (1996), a escola e o professor não só tem o dever de respeitar o conhecimento desses alunos quando chegam à sala de aula, mas de também discutir com eles a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos a serem aplicados. Portanto, é importante ter uma concepção mais ampla das dimensões de tempo/espaço de aprendizagem na EJA, na qual professor e alunos possam estabelecer uma relação mais dinâmica com o entorno social e com as suas questões pessoais, a fim de haver uma compreensão maior do aluno e, consequentemente, um bom resultado no rendimento escolar.

Assim sendo, a principal preocupação do trabalho pedagógico, bem como dos processos de avaliação, não deve ser o “saber enciclopédico”, mas os saberes que contribuam para o desenvolvimento da consciência critica e para esta capacitação, sem que isso signifique uma opção por qualquer tipo de minimização, como foi e ainda é preconizado por alguns.

É bem verdade que as pessoas que afirmam que a ação educativa deveria ser neutra, politicamente, são hipócritas ou no mínimo utópicas, dado que não existe educação neutra. Assim, todo processo educativo assume um posicionamento político. Em virtude disso, o saber deve ser analisado por novas “lentes” que não apenas se preocupem em formar futuros trabalhadores, mas que se esmerem em transformar os alunos de EJA em cidadãos atuantes na sociedade.

Explicito também, é a importância de relacionar as concepções de educação, a concepção de linguagem como suportes teórico/metodológicos norteadores de todo o trabalho pedagógico do professor ao ministrar suas aulas, através da ferramenta lúdica do jogo de xadrez. Portanto, sob esse ponto de vista a educação é pensada como política e ideologicamente considerada como ‘redentora’, pois acredita que poderá propiciar igualdade de oportunidades a todos os alunos de EJA, desconsiderando as diferenças psicológicas e cognitivas que cada um carrega na sua bagagem genética, sociais, culturais, econômicas e também os conflitos e contradições que permeiam essas diferenças.

É necessário refletir que cada individuo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas e psicológicas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu tempo, modo, estilo.

Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, idéias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas técnicas de aprendizagem utilizada pelo professor na sala de aula para estimular e desenvolver o potencial de memória, mesmo que o produto seja indissociável de um processo, podemos olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior a pessoa. Assim, na concepção vygotskyana, o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis especificas que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e fala.

Vygotsky (1991, p. 101), diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo/volitiva. Com isso, entende-se que o desenvolvimento psicológico e cognitivo no mundo dos alunos de EJA é um processo que se dá de fora para dentro, sendo que o meio influencia no processo de ensino/aprendizagem.

Para ter bons resultados acadêmicos com os alunos de EJA são fundamentais utilizarmos as ferramentas pedagógicas do lúdico, dos jogos, das brincadeiras como habilidade, o que conduz a necessidade de integrar tanto os aspectos cognitivos e psicológicos como os motivadores através do tabuleiro de xadrez.

 A motivação para o desenvolvimento da aprendizagem é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligados às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente com o professor e os colegas.

Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivo de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento.

Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atuação e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que motivação é a força que move os alunos jovens e adultos a realizar suas atividades através do jogo de xadrez. Pois, ao sentir-se motivados, esses alunos tem vontade de fazer alguma coisa e se tornam capazes de manter o esforço necessário para atingir o objetivo proposto e vencer a partida do aprendizado, no tabuleiro de um jogo de xadrez, num desafio de mobilizar suas capacidades e potencialidades, a fim de criar condições tais, que ‘fiquem a fim’ de aprender.

A estrutura cognitiva e psicológica do aluno de EJA tem que ser levada em conta no processo de aprendizagem.

É papel do professor de EJA utilizar as estratégias que permitam aos alunos integrar conhecimentos novos, utilizando para tal método adequado e um currículo bem estruturado e planejado, não esquecendo do papel fundamental que a motivação apresenta neste processo de ensino/aprendizagem. Pois, as técnicas de incentivos é que buscam os motivos para que esses alunos sintam-se motivados, proporcionando uma aula mais efetiva por parte do professor. Todos nós sabemos que o ensinar esta relacionada à comunicação entre o professor e seus alunos.

O ensino só tem sentido quando implica na aprendizagem, por essa razão, é necessário conhecer como o professor ensina e entender como o aluno aprende. Só assim, o processo educativo poderá acontecer e o aluno conseguirá encaixar todas as peças do tabuleiro de xadrez, aprendendo a pensar, a sentir e a agir.

Daí se faz necessário à importância do tabuleiro de xadrez para o psicológico e cognitivo no mundo dos alunos de EJA, em todo o processo de ensino/aprendizagem.
Solange Gomes da Fonseca

CIRANDA DE RODA OU ENSINO/APRENDIZAGEM ???

Solange diz que: "A soma acadêmica e intelectual que buscamos para publicarmos assuntos pautados no dia-a-dia dos educadores e educandos, só nos fortalecerá e nos abrirá horizontes para cada vez mais idéias e benevolência nas buscas que fazemos para, através dos nossos textos, acrescentarmos o potencial de uma Educação que se faz presente em nossas escolas brasileiras, e assim, crescemos juntos com todos os cidadãos que merecem uma oportunidade de fazer a grande diferença num país que irá em 2014 / 2016 receber povos de culturas diferentes e etnografia intercultural para enriquecimento e registro de um país que , ainda, se arrasta nos verdes mares e nos céus azuis de uma FUTURA NAÇÂO que merece ter seus privilégios e oportunidades valorizadas como UM TODO e para UM TODO!!!"

Segue a Crônica:

“CIRANDA DE RODA OU ENSINO-APRENDIZAGEM?”
••"A fase pré-escolar e de alfabetização entram no mundo da criança, assim como a criança entra no mundo das brincadeiras e fantasias... "••
Os jogos e brincadeiras se forem explorados pelos educadores da Educação Infantil como manifestação corporal, terão muito mais significados e serão mais apreendidos, contribuindo dessa forma para sua formação integral. Caso contrário, o Joãozinho, que mora num prédio no Centro da Capital, cercado por concretos e elevadores, dará maiores preocupações na escola da primeira infância. Não aprendeu a correr, saltar, rodopiar... E será uma criança com dificuldades para ler ou escrever...
••Aí é que a Psicomotricidade entra para ajudar o Joãozinho nas atividades lúdicas, realizadas, através das atividades psicomotoras, no sentido de desenvolver a criança integralmente em sua vida escolar. ••
Mão a obra educadora da primeira infância: Vamos levar não só o Joãozinho, mas, também as outras crianças a descobrir suas habilidades de saltar, correr, trepar”, etc...”. Desenvolvendo suas formas de expressão corporal que vão auxiliar na formação de um ser humano por inteiro.

O ensino-aprendizagem terá um melhor resultado para as caminhadas das aprendizagens triviais, se antes nos preocuparmos em alfabetizar a linguagem do corpo.

Vamos educadores, orientar e transformar nossa sala de aula num espaço onde o que se busca é o compromisso com o pequeno aluno cidadão, através da contribuição da psicomotricidade no ensino-aprendizagem na alfabetização escolar.

O êxito da alfabetização não depende de um método e nem do livro didático, mas da postura, da segurança e do comprometimento do educador, no conhecimento que as práticas psicomotoras podem transformar sua sala de aula num ambiente alfabetizador harmonioso.

A crônica apresentada para alfabetização escolar, permeia um “olhar” profundo para novas formas de tornar eficaz e prazeroso o processo de alfabetização.
Solange Gomes da Fonseca